Copos D'água

Copos D'água

14 de setembro de 2008

Antes que o sol apareça
E com ele se vá a razão,
Naquela pilha, as cartas, bilhetes,
Uma rosa vermelha no chão

Minha mão que já não mais sente
Sem tato, seu corpo macio
Amante de tantos sofreres,
Me diga por onde partiu.

Restaram das taças, do vinho
Que um dia selaram amor,
A mancha, pedaços de vidro
Jogados no chão com rancor

Me rasga a carne, essa ponta
Que a dor supere a razão
Espero que a noite não passe,
Não antes que os sensos se vão

2 comentários:

Unknown disse...

antes que o sol apareça,
deixe-me ver quem és tu.
conheço a maçã de seu rosto
e teu infinito corpo nu

ainda que, em noite,
a lua só cresça
e em rima eu demonstre fraqueza
proteger-te-ei, corpo nu
da dor que tu sentes
por ser todo banhado em luz

00:34 16/9/2008

Unknown disse...

antes que o sol apareça,
eu vou recordar-te do amor.

aprendizagem, companhia,
fidelidade, alegria
e todo o tempo,
era você e eu nem sabia.
te reencontro,
espero não ter mudado tanto
quanto meu mundo, mudo de amor,
por tanto tempo.

mais uma vez,
mesmo sem a certeza
do doente apaixonado de outrora
te coloco no mais alto lugar
que alcanço com meu campo de visão.
protegida, espero de lá não te tirar,
te preservar nessa torre e nela amarrar
uma corda junto a meu corpo
- é só balançar, que a corda me leva de volta pra lá.

e onde quer que eu vá no mundo
eu vejo a minha torre.

10:12 30/9/2008