Copos D'água

Copos D'água

7 de janeiro de 2009

Não posso dizer ao certo quando começou, só sei que acabou assim, de repente.
Parece que foi algo do céu, que passou e arrancou a parte que era sua do meu peito.. Não entendi de primeira, mas já tinha ouvido dizer que às vezes o amor se vai, como que numa rajada de vento.
Me perguntava onde estaria o encanto das suas palavras, dos gestos. Mas percebi que o segundos não traziam o porquê.
Se tornaria pó o meu afeto, por completo, até o amanhecer.
Fui ficando incrédula, boba, sem saber como o amor podia sumir assim, de repente. “É possível – pensava eu – que depois de tanto tempo mudamos tanto, sem perceber? Ou pode ser que esse abismo que existe, sempre houve, entre mim e você?”
Quiçá você foi um amor de infância, daqueles sem querer. Típico amor desses que o destino apronta, sem chão, nem pé ou qualquer razão de ser.
Mas amor de infância, na infância permanece. Ao lado dos brinquedos jogados e as roupas que já não servem, ilustrando o espaço do que foi e do que, simplesmente, antecede.
Já é hora de crescer...