Copos D'água

Copos D'água

12 de fevereiro de 2010

do subsolo à superfície.

Sem filosofias rebuscadas ou meias voltas em paradoxos indissolúveis.. hoje decidi pecar pela simplicidade.
Não que eu esteja cansada das mil e uma reflexões ou tenha desistido de procurar respostas nas entrelinhas, mas é que percebi que algumas vezes o necessário pode residir nas superfícies.
Vez ou outra, durante esses dias, me peguei pensando no quanto seria bom parar o tempo por alguns instantes, sentar numa cadeira de balanço (daquelas bem velhas mesmo, que gemem ao pendular), só pra ficar olhando pro nada e admirando miudezas e detalhes.. aquelas coisas que a gente não repara durante o dia. Cada feição e expressão humana, cheias de sentimentos e assimetrias.. Assimetrias que existem pra fazer tudo ficar mais interessante, já que transformam cada centímetro em único, indecifrável. Absorver cada cheiro que traz um sopro de vento, a temperatura do ar, a irrequieta melodia das folhas das árvores, com seu farfalhar dançante... ou só pra respirar a quietude da alma que, ancorada em si mesma, percebe a grandeza falante do silêncio..